quarta-feira, 27 de maio de 2009

Deficiências físicas

Texto: Amanda Antero de Sá - Aluna do 6º período do Curso de Educação Física da UFVJM

Origem Muscular

Distrofia Muscular : é um grupo de doenças hereditárias onde cada uma tem a sua especificidade. As pessoas não conseguem realizar os movimentos de uma forma regular, e isso é progressista. Essa doença é considerada “nova” e ela pode ou não se manifestar. Essa doença é dividida em três, sendo algumas de características masculinas e outras mistas, são elas: Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), Distrofia Muscular de Becker (DMB), Distrofia Muscular Facio-Escápulo-Umeral (FSH). Neste momento iremos tratar especificamente da DMD.

  • Distrofia Muscular de Duchenne (DMD): é a que atinge mais pessoas e também a mais severa. Nessa doença as células musculares são substituídas por tecido conjuntivo e adiposo, causando assim fraqueza nas articulações, marcha alargada, tendência a quedas, lordose, obesidade e contraturas nas articulações do tornozelo, joelho e quadril. Aparece principalmente dos 2 aos 6 anos, e quando essa doença atinge o sistema respiratório a pessoas pode chegar ao óbito.

      O professor de Educação Física pode tentar retardar alguns sintomas da doença promovendo alongamentos, ajudando a manter a postura, evitando a obesidade e promovendo a força e resistência, prevenindo assim as contraturas, as atrofias musculares e preservando a marcha. Deve se dar muita atenção aos membros inferiores, abdome e quadris, pois estes são responsáveis pela locomoção, e preservar a flexibilidade articular, agora caso a pessoa já esteja dependente da cadeira de rodas deve-se priorizar trabalhos com a respiração. A atividade física mais indicada para se trabalhar com a DMD é atividades aquáticas, lembrando que a capacidade aeróbica da pessoa vai estar debilitada, então o profissional tem que analisar bem as atividades que serão desenvolvidas. 

Esclerose Múltipla: o é uma doença neurológica progressiva desmielinizante, normalmente ocorre entre os 20 e 40 anos, mas podendo ocorrer em outras faixas etárias. Tem maior predominância nas mulheres e em indivíduos brancos. Os principais sintomas são: Fraqueza generalizada, visão dupla,  fala com pronúncia alterada, murmúrios, marcha cambaleante, paralisia parcial ou completa, lembrando que essa doença não tem cura apenas tratamentos que amenizam seus sintomas.

      O portador dessa doença tem uma fraqueza muscular, ficando assim pouco resistente a esforços extenuantes. O profissional de Educação Física contribui trabalhando a capacidade física aeróbica, ajudando o indivíduo a ter maior segurança nas atividades que cobrem um pouco mais de esforços. A melhor forma de se trabalhar é com atividades aquáticas, pois a água cria uma resistência, e quando é trabalhada em água que não esteja muito quente a pessoa vai ter uma maior resistência, não fadigando muito rápido, isso devido à água quente que provocar um relaxamento muscular. 

Origem ósseo-articular

Osteogênese Imperfeita: ocorre uma má formação óssea causado por herança genética, há uma deficiência do colágeno, tornando assim a estrutura óssea quebradiça e com densidade diminuída, então quando ocorre a quebra de algum osso a sua recuperação irá demorar muito mais. As consequências são as seguintes: Fraturas e micro-fraturas; encurvamento dos ossos das pernas, braços e coluna; baixa estatura; escoliose (desvios na coluna); defeitos na formação dos dentes; problemas na audição. Uma forma de detectar essa doença é observar os olhos da pessoa, a parte branca do nosso olho fica azulada, isso devido ao colágeno que surge nessa parte do olho.

O individuo com essa doença deve ter uma alimentação rica em cálcio, fósforo, magnésio e vitaminas. Também devem praticar atividade física para estimular a circulação, fortalecer os ossos e estimular a vitalidade dos músculos e ossos, assim evitando a perda de cálcio. Temos que tomar alguns cuidados ao trabalhar com esse grupo devemos proteger o ambiente, e promover mais atividades individuais pelo fato de terem fraturas muito fácil. Outro cuidado que temos que ter é quanto a intensidade, normalmente a pessoa sabe seus limites e temos que montar atividades respeitando estes e sempre ficarmos atentos ao corpo da pessoa para ver se não ocorreu nenhuma fratura, pois as vezes pode ocorrer e não percebermos, os sinais dessas fraturas são: Inchaço, vermelhidão, calor e dor local. 

Nanismo: a pessoa tem baixa estatura em relação a idade cronológica, o adulto chegando no máximo de 132 cm. Existem diferentes tipos de displasia esquelética, a mais comum é a Acondroplasia.

  • Acondroplasia: o individuo tem a cabeça do tamanho normal, alterando o tamanho dos membros em relação ao tronco, isso devido a distúrbios genéticos e deficiência do hormônio de crescimento e da tireóide. O Nanismo Acondroplásico não tem tratamento, porém a pessoa pode recorrer a alguns remédios para tentar amenizar os sintomas. Essa doença causa algumas consequências como: possíveis lesões de menisco, tendência ao joelho varo; sobrecarga na coluna cervical e lombar poderá aumentar a lordose; desequilíbrio-desproporção; possibilidade de malformação cardíaca e aumento do peso.

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